segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Florescer

Na madrugada tudo é som de imagens indistintas. Não há coisa alguma. Nada existe não havendo nome.

Tudo é alheio na madrugada, minhas propriedades são alheias. Eu sou, o meu pensamento.

Na madrugada tudo é som, é cheiro, sombra perpétua. O que cheira mal fede mais na madrugada, um estampido é apenas um tímido cricrilar ensurdecedor. E quando uma luz nos atinge, cega-nos.

Na madrugada os sonhos, como sonhos, são na madrugada. Aquilo que nasce na madrugada tem lá o derradeiro. O florescer é o título fiel, que na ultima linha existe.

...pliniopereiradesousa